domingo, 11 de dezembro de 2011

Planejar o futuro

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo  André

Todo fim de ano pensamos e até mesmo detalhamos o que faremos no ano seguinte. É mais um hábito que complementa o espírito natalino do que um planejamento de verdade, em que levaríamos em consideração nossas motivações e capacitações e metas para serem respondidas no ano seguinte.
Se temos dificuldades em planejar o próximo ano, o que dirá então dos próximos quatro ou cinco anos.
Ou seja, na maioria das situações deixamos a vida nos levar. E quando somos surpreendidos idosos e sem uma aposentadoria adequada; ou com filhos prontos para a faculdade e a gente sem saber como ajudá-los ou uma doença grave nos surpreende sem uma base financeira adequada, nos perguntamos porque não planejamos melhor nossas vidas.
Por isso, o PDT de Santo André se esforça nas suas reuniões permanentes para colocar sempre uma semente de futuro em nossas decisões. Todos nós sabemos que teremos eleições municipais no ano que vem. Poderemos eleger prefeitos e vereadores.
Mas as eleições, com data marcada para 7 de outubro, só entrarão de verdade no nosso planejamento futuro se soubermos, agora, o que queremos para a administração que começará em janeiro de 2013, com mais quatro anos de validade.
Por isso, se você quer ampliar seu planejamento futuro e resolver incluir as eleições municipais do ano que vem, comece a investigar qual o tipo de político teria condições de representá-lo adequadamente até 2016.
Ao aprendermos a planejar o futuro vamos escapar das manipulações pontuais e dos pedidos de votos apenas para as eleições com data marcada. Vamos exigir programas de governo e, principalmente, comprometimento com esses programas de governo.
E o mesmo planejamento futuro servirá de referencia para que nas próximas eleições tenhamos condições de avaliar o desempenho dos políticos e decidir qual rumo daremos aos nossos votos.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A imobilidade urbana


Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

Está na hora de os poderes públicos, prefeitura e Estado, travarem uma batalha de verdade para equacionar o trânsito que estrangula as vias urbanas a cada dia que passa.
Vivemos uma oportunidade quase que inadiável de criarmos alternativas de mobilidade urbana com investimentos em transporte público, em bilhete único e em integração dos vários modais de transporte (trens, ônibus, trolebus e metrô de São Paulo).
Veja o caso Santo André que se adotasse o bilhete único, que é uma realidade em São Paulo, nos permitiria deslocar sem estar financiado as empresas de ônibus, pagando duas passagens, como acontece atualmente aqui na região.
Um passe com validade de duas horas nos permitiria atravessar a cidade, deixar os filhos na escola, fazer uma pequena compra e voltar para casa, sem custos adicionais.
Poderíamos visitar parentes, frequentar bibliotecas, sermos turistas nas nossas próprias cidades. Em vez de sermos mantidos como prisioneiros nos nossos bairros, em função do custo elevado das passagens e por termos que pagar duas, três conduções para se deslocar pela cidade.
Além disso, um transporte público mais em conta e de melhor qualidade beneficiaria a mãe (ou o pai) que não precisaria mais perder duas ou três horas para levar o filho na escola.
Porque é hora de reconhecer que alguma coisa deu errada na opção radical que fizemos pelos carros. E não se trata de uma campanha contra automóveis. Nada disso. Nós aqui no Grande ABC, berço da indústria automobilística brasileira, sabemos o potencial econômico dos carros.
Se soubermos combinar o transporte público integrado, barato, seguro e acessível a todos, que nos ajude nos deslocamentos para o emprego e para o lazer, então deixaremos o carro em casa e confiaremos nossos filhos ao transporte público, como aliás o fazem muitas das famílias sem carro que vivem em nossas cidades.
Mas que são obrigadas a se sujeitar a um transporte público precário, incerto, muito caro e superlotado. Os obrigando a viver uma realidade dura e que os faz sonhar com o carro próprio, que teoricamente, deveria significar mais mobilidade. E que, quando é comprado, percebem na primeira saída que foram condenados aos engarrafamentos, à poluição e a imobilidade urbana.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Negro e cidadão

Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), recentemente publicado, mostra que pela primeira vez na história brasileira a população negra é de 97 milhões de brasileiros, ou 6,5% superior ao total de brancos, que segundo o último censo demográfico do IBBE era de 91 milhões de brancos.
A população negra brasileira cresceu 29,3% nos últimos dez anos. Em 2001, 75 milhões de pessoas se declararam negras. Já o total de declarantes brancos se manteve praticamente inalterado.
Atribui-se o crescimento da população negra à taxa de fecundidade das mulheres negras que é 0,5% superior a das mulheres brancas.
“Além disso, a redução do preconceito, o fortalecimento dos movimentos negros e a inclusão social também estimulam mais pessoas a se declararem pardas", afirma a técnica de planejamento e pesquisa do Ipea Ana Amélia Camarano.
O cientista político e professor do curso de comunicação da UFMG Dalmir Francisco, ouvido pelo jornal “Em Tempo” acredita que os dados revelam o crescimento da consciência do negro brasileiro sobre sua própria condição étnico-racial. "Abraçar essa identidade e ascendência significa enfrentar e desafiar a discriminação. As declarações representam mais uma vitória da democracia e da luta contra o racismo e a desigualdade", diz o professor.
Conscientes de nós mesmos, como negros e pardos, é hora, acreditamos, de traçar as estratégias rumo à cidadania plena. Porque as mulheres negras são mais férteis por que continuam a engravidar muito mais cedo do que as brancas, por falta de apoio social, econômico e educacional.
Só a cidadania plena evitará que os jovens negros, entre 15 e 29 anos continuem como vítimas preferenciais das mortes por causas externas evitáveis que atinge 24,3% entre os negros para 14,1% entre os brancos. "Os negros ainda estão mais expostos à violência, justamente por causa do preconceito", declarou Ana Amélia ao jornal.
As mulheres brancas também têm maior participação no mercado de trabalho. Os dados do Ipea apontam que 36,1% da população feminina branca contribui para a renda familiar e cerca de 75% está inserida no mercado (na faixa entre 25 a 35 anos). Entre as negras, a colaboração nos rendimentos corresponde a 28,8%, e a inserção da mesma faixa é de aproximadamente 70%.
O que nos leva à concluir que ser maioria negra da população, de maneira consciente e declarada, é apenas o primeiro estágio para nos darmos conta que ainda falta muito a fazer para conquistarmos nossa cidadania plena.
Que será conquistada com a mobilização e voto consciente de nossas comunidades e organizações sociais (sindicatos, ONGs e partidos políticos) para transformarmos nossas reflexões, que ocorrem em torno de 20 de Novembro, o Dia da Consciência Negra, em avaliações positivas a respeito de um Brasil muito melhor e muito mais justo porque terá garantido a condição cidadã à sua população de maioria negra.

Transferir o conhecimento da UFABC para nossas comunidades

Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André
Na semana passada, iniciamos um debate para motivar e mobilizar as lideranças políticas e sociais de Santo André e do Grande ABC para se criar uma agenda mínima em torno da qual vamos ajustar o nosso voto nas eleições do ano que vem.
O primeiro tema é a Universidade Federal do ABC (UFABC). Mais do que ter uma universidade em nossa região é importante que saibamos integrar esse centro de saber à nossa cidadania.
Em vez de tratar a universidade como um local para onde mandamos nossos filhos, é muito importante que aprendamos a aprender com os professores e alunos da escola, nas suas mais variadas disciplinas. Para tanto, é preciso assumir a escola como nossa referência do saber.
No site da UFABC ficamos sabendo que: “A UFABC promove o conhecimento racional primário e, apesar do foco sobre o avanço da ciência e tecnologia - elegendo pesquisas como o instrumento principal para alcançar objetivos -, estimula um sistema educacional que encoraja o corpo discente a fazer suas próprias escolhas, a assumir riscos e aceitar desafios.”
E continua: “O compromisso principal com a sociedade é recuperar a apreciação pelo conhecimento científico e revelar a beleza inerente aos mistérios da natureza, ocultos em um objeto matemático. A pretensão dessa iniciativa é demonstrar que conhecimento não deve ser vinculado apenas a demandas de mercado sazonais, mas, acima de tudo, à evolução e iluminação do espírito humano.”
Existe, portanto, a disposição de se integrar o saber universal que ali é produzido com nossa comunidade. Mas se nós, enquanto organizações populares, sindicatos e partidos políticos não criarmos a interação necessária com o conhecimento que é continuamente produzido, teremos uma belíssima universidade desconectada da nossa realidade.
E quem precisa do saber para melhorar nossas vidas e dos nossos filhos somos nós. Por isso, vamos sim estimular nossos jovens a ingressarem na UFABC. Mas vamos também procurar os dirigentes da universidade para transferirmos conhecimento para nossas comunidades.
Pois enquanto existir crianças morrendo de doenças que poderiam ser evitadas por uma informação adequada, ou homens e mulheres sofrendo em ambientes insalubres, por exemplo, significa que não estamos assimilando a visão crítica que só o saber produzido por uma universidade do porte da UFABC tem condições de transferir para nossas organizações sociais.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Detalhar, com diálogo, nosso futuro imediato

por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

A democracia brasileira se confirma a cada dois anos. Nas eleições municipais, temos a oportunidade de interferir com nosso título eleitoral dos destinos de nossas escolas, postos de saúde, iluminação pública, investimentos em moradia e o que pode ser feito para melhorar a segurança pública.
Nas eleições para presidente da República e para governadores, deputados federais e estaduais e senadores, temos como confirmar nossas vontades para o futuro do nosso País, que passa necessariamente pelos locais em que vivemos, mas que também devem ser resolvidos no plano federal, ou seja, as políticas de distribuição de renda, de valorização do salario mínimo e do Fim do Fator Previdenciário, por exemplo.
Mas tanto a nível federal como no municipal a gente só pode organizar as mudanças através de nossa participação política a partir do detalhamento do que queremos e do que é possível conseguir.
Antecipar o detalhamento do que precisamos socialmente nos ajuda a comprometer os candidatos antes, durante e após suas campanhas políticas. E, neste caso, nosso voto se torna cada vez mais consciente porque só vamos escolher o candidato ou candidata que se alinha com o que queremos. E com votos mais conscientes vamos, claro, melhorar nossa democracia.
É para ajudar nossa cidadania a criar as condições básicas para avançarmos conscientes para as próximas eleições, o PDT de Santo André inicia a partir da próxima semana a discussão de sua proposta de Programa de Governo, a partir dos seguintes pontos:
1. Universidade Federal do Grande ABC – vamos estimular o debate em torno da conquista que a universidade significa para os jovens, trabalhadores, lideranças políticas e empresariais das cidades do Grande ABC;
2. Inclusão social do jovem e do adolescente – Vamos mobilizar candidatos e lideranças empresariais, políticas e sindicais para que criarmos políticas públicas para proteger econômica e socialmente nossos jovens que, atualmente, estão desamparados e obrigados a buscar quaisquer tipos de ocupação, porque lhes faltam empregos e oportunidades;
3. Bilhete único – Integrar todo o sistema de transporte da região em torno do Bilhete Único;
4. Pólo tecnológico – Estimular políticas públicas para integrar todas os avanços econômicos, intelectuais e sociais que já conquistamos na região, para consolidar o pólo tecnológico que nos permita aproveitar as oportunidades deste Século 21, em torno da tecnologia de ponta;
5. Choque administrativo na Saúde – Infelizmente, em Santo André estão brincando com nossa saúde. Faltam seriedade e investimentos com competência. Nossa administração atual está doente e só vai ser curada com um choque de votação para conseguirmos gerenciar com seriedade os recursos da saúde. Necessários, principalmente, para salvar vidas e garantir bem-estar para a população mais necessitada.
6. Segurança Pública – integrar as ações das prefeituras e das guardas civis metropolitanas com as ações da Secretaria de Segurança Pública do Estado e com a Polícia Federal para melhorar o desempenho das ações a favor da segurança nos bairros e municípios da região;
7. Moradia – Organizar e combinar os investimentos das prefeituras, do governo do Estado e do Minha Casa Minha Vida para agilizar a urbanização das comunidades, das favelas e cortiços e acelerar a construção de novas moradias para os cidadãos que hoje são obrigados a gastar grande parte de suas rendas com aluguéis.
Venha discutir o Programa de Governo do PDT. Suas idéias serão determinantes para melhorar as políticas públicas adotadas por aqueles que pretendem nos governar. Desde já. Porque assim como a nossa vida, a democracia precisa ser ajustada todos os dias, através do diálogo e da troca de ideias permanentes.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ONGs: separar o joio do trigo


Por Adônis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

A imensa maioria das organizações não governamentais (ONGs) são entidades sérias, acima de qualquer suspeita e sem envolvimento com as maracutaias que estão enchendo o noticiário todos os dias.
Grande parte delas não sabem sequer como conseguir financiamento dos poderes públicos, vivem no limite da sobrevivência financeira pois são sustentadas por trabalhos voluntários e, muitas vezes, por doações de pessoas simples, que têm elas mesmas, incertezas sobre seus próprios ganhos.
A defesa que fazemos destas entidades é essencial para que a opinião pública não coloque no mesmo saco o joio das ONGs que ocupam o noticiário com financiamentos e desvios de milhões de reais, com as que são trigo do bom, como é o caso da ONG Gol da Conquista, do Parque Erasmo, criada pelo ex-jogador Sandro Gaúcho.
A Gol da Conquista tem o apoio da Igreja da Plenitude Cristã, do Clube Náutico e do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá. Com a orientação e dedicação absoluta de Sandro Gaúcho, 200 pessoas são diretamente beneficiadas, sendo que 110 são jovens ocupados na escolinha de futebol.
As dificuldades que a Gol da Conquista vivem são inúmeras. Mas cada falta de dinheiro em caixa, de uniforme ou equipamento esportivo serve de estímulo para que se melhorem as campanhas, que se lute um pouco mais para manter fora das ruas as crianças e jovens, que de outra maneira seriam cooptadas pelo crime organizado.
Vivemos uma situação dramática que temos que buscar respostas por nossa conta todos os dias. Nossos jovens são abandonados sem perspectiva de emprego. Não precisa ser nenhum gênio para entender que entre os 16 e 24 anos existem três vezes mais desempregados que na idade adulta.
Sem ambientes adequados para exercitarem toda sua energia, nossos adolescentes perambulam pelas lan house, pelos barzinhos da vida, pelos terrenos baldios. É uma juventude literalmente abandonada pelo poder público. O que obriga seus pais a buscarem soluções próprias através do apoio que dão às ONGs como a Gol da Conquista.
Que nem precisaria ter seus méritos ressaltados não fosse, infelizmente, a onda de notícia ruim envolvendo ONGs vinculadas com esportes que têm que ser exemplares, do ponto de vista educacional e de seriedade nas suas contas, porque estão cuidando dos jovens e do futuro de nosso país.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Envolvimento da família

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André 

Realizamos no último sábado uma das primeiras reuniões com as famílias que são nossas amigas para discutir política. Isso mesmo: discutir política. Na reunião que teve muitos jovens, crianças e familiares, debatemos os problemas que nos afetam em Santo André e Mauá. Falamos da necessidade de ampliar nossa participação para muito além da família e da vizinhança.
E para nossa alegria, política não foi considerado um assunto proibido. Todos participaram e opinaram e fizeram discursos e encaminhamentos. Identificamos as principais preocupações com nossos postos de saúde e hospitais. Os problemas com nossas creches, onde faltam investimentos sérios das respectivas prefeituras.
E ouvimos, emocionados, a lembrança de que, infelizmente, ainda existem bairros e comunidades de Santo André e Mauá, abandonadas sem infra-estrutura, com esgoto a céu aberto, sem escolas e postos de saúde.
O resultado final foi a satisfação cívica de, entre amigos e familiares, nos sentirmos participando dos destinos da cidade.
Para as crianças e os jovens presentes foi uma lição de vivência cidadã. Puderam ver na prática nossa preocupação de enquadrar nas discussões familiares os destinos de nossa cidade.
Aos poucos vamos aprendendo e ensinando que a cidade em que vivemos é uma extensão natural das nossas casas e dos nossos bairros. E que, como moradores, trabalhadores, cidadãos e eleitores temos, sim, que debater nossos destinos e nos organizar para interferir nas políticas públicas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Política em família

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

É muito comum, ainda, no interior do Brasil as pessoas serem vinculadas às famílias. Tão forte quanto o sobrenome é a família a que pertence. É a maneira de se identificar rapidamente o perfil e a integridade da pessoa. Porque ser filho ou filha de Fulano, conhecidíssimo na comunidade, já é aval imediato.
Porque a família é a principal célula da comunidade e a partir dela é que surgem as ramificações, as personalidades e as qualidades das pessoas. Daí a importância que damos a estas informações familiares.
Talvez fosse conveniente a gente aproveitar e trazer para dentro da família a troca de ideias a respeito dos candidatos (ou candidatas) que gostaríamos que nos representassem nas próximas eleições.
Tem que ser uma conversa serena, feita aos poucos, em que a gente vai aos poucos juntando as informações que consegue sobre o candidato e criando a história de vida dela (ou dele).
Pra começo de conversa basta a gente dar uma olhada mais atenta nos jornais nos próximos meses. Vamos descobrir aqui e ali um pré-candidato. E assim que a gente conseguir identificá-lo vamos trazer seu nome para as conversas em família.
Nós conhecemos bem ele (ou ela)? Tem qualificação moral para ocupar algum cargo público? É ladrão? Enrolador? Esperto demais? É sincero? Honesto? Tem palavra?
Vamos criar um bate papo direto, como acontece entre familiares. E vamos, aos poucos construir o candidato. Se for uma pessoa honesta, sincera e que cumpre acordos, muito provavelmente, fará parte dos candidatos aprovados pela família.
Essas pessoas são fáceis de identificar. Geralmente, além de aparecer nos jornais nos são apresentadas por gente que confiamos. Chegam até mesmo a nos visitar em casa.
Mas os espertalhões também costumam se infiltrar em nossas residências ou na casa de algum amigo. Não vamos, claro, ser mal educados. Vamos ouvir suas propostas e conferir com nossas famílias. E se não nos convencer, vamos eliminá-los de nossos votos.
Assim, fazendo política em família é que ajudaremos a moralizar nossa cidade, nosso Estado e o Brasil. Pode parecer difícil, mas tem que começar de algum lugar a moralização da nossa política. E o melhor lugar, acredito, é a partir das nossas casas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sabedoria eleitoral


Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

Existe uma grande sabedoria na legislação eleitoral que reserva os três últimos meses antes da eleição para a campanha em todo o seu potencial. Com pedido formal de votos, com comícios, reuniões, panfletagens, cartazes e carros de som.

Por que?
Porque nesta época, na verdade, vamos apenas amadurecer nossa escolha e confirmar nas urnas os candidatos e candidatas que já fazem parte de nossa vida social e comunitária de maneira permanente, de preferência desde os anos anteriores.
Pois a responsabilidade de se escolher um representante é enorme (ou deve ser) e a exposição de um desconhecido na reta final não o legitima como o político que nos representará em funções que decidirão sobre os investimentos em Educação, Saúde e Segurança Pública, por exemplo.
Apesar de a lei proibir a campanha antecipada nada impede que os verdadeiros líderes interajam com seus amigos e vizinhos, com seus sindicatos e associações, com sua comunidade e com sua cidade, nas mais variadas instâncias.
Como você sabe, a vivência democrática é tremendamente dinâmica e exige, a cada momento, a interferência de líderes que saibam organizar num só sentido as várias vontades individuais. E transformar nossos anseios em leis e atitudes que orientem as ações e decisões dos nossos gestores públicos.
Precisamos, portanto, da atuação dos líderes comunitários o tempo todo. E são nestas interações que os avaliamos e aprendemos a respeitar suas habilidades políticas, de profissionais que sabem ouvir e buscar o consenso, que sabem encaminhar e negociar divergências, sem perder o foco dos interesses mais amplos da comunidade, cidade, Estado ou País.
Se essas palavras fazem algum sentido para você, então muito provavelmente voltaremos a conhecê-lo como candidato, ou como apoiador de alguma liderança expressiva, logo após as convenções do seu partido, que devem ocorrer em junho do ano que vem. Mas teremos, desde já, a oportunidade de acompanhá-lo, mês a mês, nos eventos sociais de nosso interesse.
Vamos encontrá-lo não só na igreja mas no campo de futebol, na reunião da associação de moradores, nas assembleias sindicais, nas manifestações ecológicas ou ver sua assinatura num texto, como este, que conclame as demais lideranças a participar ativamente da vida comunitária.
É assim que se amadurece um candidato ou candidata. Com trabalho árduo de todos os dias. Gostando de gente e de seus problemas. Encaminhando reivindicações e pressionando as autoridades. Apostando, antes de mais nada, na solidariedade.
Quando chegar a reta final da campanha eleitoral, então a comunidade saberá, sem ter dúvida, premiar seus melhores líderes. E se você quer chegar lá e já está filiado a um partido político, é só questão de acelerar seu trabalho de liderança, sempre a serviço do povo, sempre acreditando na sabedoria coletiva que, muito provavelmente, já o distingue e o tem como o representante potencial para as próximas eleições.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Aviso prévio, agora, é de até 90 dias

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

Na próxima vez que seu chefe olhar de banda para você e você começar a calcular o quanto tem de direitos trabalhistas para receber, você já pode incluir nas suas contas 30 dias de aviso prévio, mais três dias para cada ano trabalhado, até um total de 90 dias.
Talvez seu chefe até mude de ideia quando fizer os cálculos pois vai ficar um pouquinho mais difícil e mais caro demitir os empregados. Pois, os deputados federais, com grande participação da bancada ligada aos trabalhadores, com atuação direta de Paulinho da Força (presidente estadual do PDT) e de Vicentinho (PT-SP) conseguiram fazer valer uma lei que espera aprovação desde a Constituinte de 1988.
Da próxima vez que algum colega seu meio desavisado e meio alienado das coisas de política te disser que não adianta nada ter políticos, que política é uma porcaria e que os trabalhadores não deveriam participar da vida política do Brasil, talvez você possa citar esse exemplo da ampliação do aviso prévio para até 90 dias, em vez dos 30 dias cravados de antes.
Pode mostrar para seu amigo ou amiga que conquistamos através de leis o décimo-terceiro, as férias, a licença maternidade e a multa rescisória de 40% sobre o valor do FGTS, quando nos demitem.
Seu colega que fala mal das ações políticas talvez tenha um pouco de razão se ele (ou ela) acompanhar apenas as maracutaias que alguns políticos fazem e que mesmo assim conseguem renovar seus mandatos com o voto direto e secreto. Ou seja, tem uma parte do eleitorado que ainda é cúmplice dos maus políticos. Por desinformação ou por concordar com as atitudes deles.
Mas existe uma grande parte do eleitorado que é como você. Trabalhadora, honesta e que só quer o bem para o Brasil. Que detesta corruptores e corruptos. Que ainda fica chocada por existir alguém que tenha coragem de desviar dinheiro da merenda escolar e dos medicamentos.
Para pessoas assim existe a possibilidade de ingressar no PDT, o mesmo partido de Brizola, de Chistovam Buarque, de Paulinho da Força, de Cícero Martinha e do Raimundo Salles.
São lideranças políticas que acreditam no Brasil e que acreditam em cidadãos e eleitores como você. Pois é com gente assim que continuaremos a melhorar o Brasil. Mesmo que seja aos poucos. Na semana passada conseguimos mais um avanço com o aviso prévio de até 90 dias. Agora, é continuar atentos para ampliar nossos direitos sem perder os que já conquistamos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dilma, presidenta

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

Quando foi recém empossada, Dilma Rousseff disse que gostaria de ser tratada de “presidenta”. A maioria dos brasileiros, a valer o que percebemos na televisão e no rádio, mantiveram o tratamento respeitoso, mas ficaram no “presidente”. Talvez por causa do cargo, talvez por causa da tradição ou por ter sido uma função sempre ocupada por homens.
Mas Dilma começa seu governo impondo seu estilo firme, mas sem bravatas. Em menos de nove meses deixou a porta aberta para que cinco ministros envolvidos com denúncias de corrupção deixassem seu governo.
E mesmo aceitando as novas indicações dos partidos da base de apoio de seu governo e dos ministros, ficou no ar o recado: cuidado com o que você ou sua turma faz porque senão a porta da rua é a serventia da casa. Bem ao estilo Dilma, que nos cristaliza, pela primeira vez na História deste país, um jeito bem presidenta de governar.
Mas a presidenta surpreendeu o mundo todo, principalmente, os especuladores e banqueiros brasileiros, ao fazer campanha pela redução dos juros. E mais, fez sua parte ao determinar que o seu governo economize mais de dez bilhões de reais em 2011, o que permitiu ao Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a reduzir para 12% a Taxa Selic que já estava em altíssimos 12,5%, e que mesmo assim não satisfazia o apetite dos banqueiros e especuladores.
Que logo iniciaram uma gritaria e nos ameaçaram a todos com a volta da inflação. Passadas duas semanas, todos já começam a perceber que a inflação está se comportando e que não será mais uma ameaça. A presidenta Dilma agiu antenada com a opinião pública, com os homens e mulheres que preferem investir na produção do que especular com títulos da dívida pública.
Cada vez mais presidenta, Dilma Rousseff decidiu na semana passada aumentar o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros que são fabricados no Exterior e despejados aqui dentro. A gritaria se generalizou. Mas daqui a uma ou duas semanas o bom senso voltará para as páginas dos principais jornais e revistas.
E nos descobriremos como um Brasil cada vez mais independente, mais cioso de seus deveres e obrigações para com o seu povo e que tem, em Dilma Rousseff uma mulher e presidenta preparada para impor sua marca e governar de acordo com os interesses estratégicos de toda a Nação brasileira. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Vote em Vicentinho no Prêmio Congresso em Foco 2011

Vote Vicentinho no Prêmio Congresso
em Foco 2011

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André
Através do site http://www.premiocongressoemfoco.com.br/Voto.aspx você poderá participar da escolha dos deputados que foram sugeridos para o Prêmio Congresso Em Foco 2011 e que tiveram os seus nomes submetidos à votação, através da internet.
Gostaria de pedir o seu voto e campanha para o deputado federal Vicentinho (PT-SP) e o faço apesar, de como todos vocês sabem, ser o presidente do PDT de Santo André.
Mas já chegamos a um estágio na política brasileira que temos que juntar forças e esforços para reafirmar nosso apoio à bancada dos trabalhadores na Câmara dos Deputados.
E Vicentinho, junto com Paulinho da Força (PDT-SP), faz parte de um grupo de apenas 73 deputados federais vinculados à realidade  dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
Por isso, quando os deputados da bancada trabalhadora são indicados para uma premiação tão importante é nosso dever juntar votos e confirmar que os apoiamos de maneira incondicional.
É o mínimo que podemos fazer para parlamentares que todos os dias, sem feriados, fim de semana, sem férias, estão sempre à nossa disposição. Conscientes que são da imensa dificuldade que é fazer avançar as causas sociais e econômicas que nos interessam, dentro de um Congresso Nacional acostumado, na sua maioria, a servir as elites por mais de 500 anos.
Além disso, ao votar estamos sinalizando que nos mobilizamos enquanto cidadãos e trabalhadores do Grande ABC pela ampliação da transferência de renda. Que queremos um Brasil socialmente mais justo.
E que a premiação de Vicentinho simbolizará, para todos nós, que estamos atentos a todas as manobras que ainda se tentam dentro do Congresso Nacional para usar as desculpas esfarrapadas de sempre e tentar reverter os ganhos sociais e econômicos que conquistamos com muito esforço.
Portanto, acesse o site. E convide seus amigos, colegas de trabalho, parentes e vizinhos para votar em Vicentinho.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Menos de um mês para as próximas eleições

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André
Se você estranhou o título acima é porque, muito provavelmente, não é candidato a vereador ou a prefeito nas próximas eleições. E se já começou a pensar nesta hipótese tem apenas o resto do mês de setembro para formalizar sua filiação ao PDT, ou ao partido de sua preferência ideológica, para se qualificar para disputar na convenção no ano que vem a condição de candidato a vereador ou a prefeito.
São os famosos rituais da burocracia partidária, necessários para definir quem quer mesmo trabalhar, de maneira responsável, a favor do Brasil e de suas comunidades.
Porque, por mais estranho que pareça aos que ainda não conhecem os bastidores dos partidos, é necessário muita determinação para se tornar um político que leve a sério as aspirações de sua comunidade.
No sistema democrático, no Brasil e no resto do mundo, é só através da vivencia partidária que se consegue se habilitar para ser escolhido, pelo voto direto e secreto, para ocupar qualquer cargo público.
A disputa é permanente dentro das máquinas partidárias e fora delas. Porque não basta cumprir os rituais de participar das reuniões, trocar ideias com os companheiros e companheiras.
Ser um ativista político, dentro dos partidos, é muito mais do que ser membro de um clube ou de uma igreja. Pois, independente das épocas eleitorais, o líder partidário vale pelas suas vinculações com as vontades de sua comunidade.
E, como você bem o sabe, cada vez mais nossas lideranças comunitárias impõem suas vontades e vigiam de perto todo aquele ou aquela que se apresenta como um político com aspirações a ter o voto da comunidade.  
Portanto, ao longo deste mês de setembro se você tem o sonho democrático de ajudar a melhorar sua cidade e se recusa a ficar em cima do muro, junte-se ao PDT, ou ao partido de sua preferencia. Porque participar dos rituais partidários é se transformar na alavanca que ajudará a interferir positivamente na administração municipal. Seja como prefeito ou como vereador.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A voz do povo e a voz de Deus

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

O que a gente mais faz nas reuniões do PDT (e acredito da maioria dos partidos políticos em qualquer lugar do mundo) é ouvir uns aos outros, deixar as ideias se tornarem reais e, a partir dos cenários que construímos, estabelecer os projetos de melhoria nas nossas comunidades, cidades, Estado e País.
Nos partidos políticos e nas organizações sociais como sindicato, associação de moradores, por exemplo, a gente não tem uma única orientação como acontece nas igrejas.
Para os religiosos, é essencial que se estabeleça uma hierarquia com padres, pastores, mães e pais de santo que vincula as orientações divinas, de cima para baixo, às atitudes dos fiéis, pois a religião é a maneira que buscamos para nos juntar a Deus.
Mas na formação das ideias que viram depois atitudes e influenciam os demais cidadãos a ponto de, se bem sucedidas, levar os partidos ao poder, a grande arte é juntar ideias que têm afinidades, ajustar procedimentos que reforcem esses ideais e estabelecer, de maneira conjunta, o programa partidário.
Que vai orientar campanhas políticas e que servirá de parâmetro para o exercício do poder, caso a agremiação saia vitoriosa numa eleição ou para fazer contraponto e marcar posição aos que estão no poder.
Por isso, a dinâmica partidária é excitante. E quem conhece de perto deixa de lado o preconceito a que somos induzidos. Pois se há uma coisa que causa realmente temor às elites é uma democracia participativa, que inclua milhões de olhares, atitudes, ações e vozes de seus cidadãos.
É por isso que os meios de comunicação são sempre constantemente necessários. Muito mais do que preencher espaços entre os anúncios, o que encontramos nos jornais vinculados às nossas cidades e comunidades, é um apanhado de ideias e ideais de nossas principais lideranças.
Os jornais registram, por exemplo, as várias opções para a condução da administração de nossas cidades e empresas, nos mostram os principais feitos na área de Educação, Saúde, Segurança Pública e Cultura, e nos dão a oportunidade de formar nossas próprias ideias e cristalizar nossas opiniões.
Mas é importante também que tenhamos a oportunidade de colocar as ideias em ação. Para isso, é preciso nos organizar socialmente. E os canais mais adequados são os sindicatos e os partidos políticos.
É por isso que os controladores de nossas economias fazem um esforço danado para induzir a população a ter preconceito contra a atuação partidária ou sindical.
Porque nos países em que a democracia evolui para uma participação direta de grandes contingentes sociais, sejam eles trabalhadores, donas de casa, jovens e idosos, os políticos não têm sossego.
São vigiados de perto em quaisquer desvios. Desde as promessas de campanha não cumpridas até o envolvimento em atos ilegais ou de corrupção. Porque, com a democracia plena e atuante a voz do povo, vira de verdade a voz de Deus. Que premia os bons líderes e pune, de maneira implacável, os que desrespeitam a vontade soberana da população.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O milagre da segurança pública

Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

A gente só acredita de verdade mesmo na democracia quando os políticos nos provam, na prática, o que nos parecia impossível conseguir.
Foi assim com o Plano Real. Com Itamar e Fernando Henrique Cardoso nas linhas de frente, com URV e muita determinação, fizeram o milagre de controlar a inflação. Resultado: elegemos FHC presidente duas vezes.
Até que seu governo se acomodou nos braços das elites locais e internacionais e apostou num discurso que tangenciava nossas esperanças e fomos buscar novos milagres políticos em Luiz Inácio Lula da Silva.
ex-metalúrgico, ex-sapo barbudo, apelido dado por Leonel Brizola, consolidou um governo que fez avançar o que era tabu no Brasil: nos brindou com uma relativa e animadora distribuição de riqueza.
Lula foi tão eficiente que hoje até trabalhador anda de carro próprio e de avião. Manteve a inflação sobre controle e arrumou emprego de carteira assinada para todo mundo. A gratidão do povo brasileiro se manifestou. Elegemos Lula duas vezes, como fizemos com FHC. E ainda colocamos no Palácio do Planalto a sucessora indicada por ele.
Estamos precisando de mais dois ou três milagres. Um deles, que sempre insistimos é a questão da Segurança Pública, pois para torná-la razoavelmente eficiente requer políticos de grande envergadura e coragem.
Sabemos das dificuldades. Segurança Pública é muito mais do que colocar polícia nas ruas. Já tentaram essa saída fácil e não funcionou. Nem mesmo na época da ditadura. Como não funcionaram os planos econômicos de Collor e Sarney.
É necessário reorganizar a segurança pública, melhorar os salários e, ao mesmo tempo, extirpar os focos de corrupção e de prepotência policial. Agilizar e humanizar a Justiça e parar de prender só preto e pobre.
Conseguiríamos, assim, aproximar o aparelho de segurança pública das almas cidadãs. E os policiais não precisariam mais se envergonhar do uniforme, pois seriam também abraçados e respeitados nas vilas, ônibus e padarias.
O milagre político de se equacionar a Segurança Pública ocorreria. Mas quem seria o político que se encaixaria nesta tarefa?
O PDT tem os quadros. Temos Christovam Buarque, temos Paulinho da Força, temos Raimundo Salles, temos Cícero Martinha.
Só falta a gota d’água que é você e sua participação. Venha nos ajudar a fazer o milagre da segurança pública no Brasil.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Educação é oportunidade

Temos o orgulho de ser um dos poucos partidos políticos brasileiros que tem a Educação como seu diferencial de mobilização e, principalmente, de atuação política.
Todos que se aproximam do PDT guardam na memória a atuação de Leonel Brizola e de Darcy Ribeiro a favor da Educação com a criação dos Cieps, com escola integral pela primeira vez no Brasil.
Temos também o senador pelo Distrito Federal, Cristovam Buarque, que se notabilizou, quando governou o Distrito Federal, por estabelecer a Bolsa Escola e a Poupança Escola.
Ou seja, de todos os lados que avaliamos o PDT encontramos a Educação pulsando no partido, mobilizando seus diretórios, incentivando seus dirigentes a educar para gerar oportunidades.
Os cidadãos brasileiros, independente do status social, sabem da importância de se investir na Educação. Quando sobra o primeiro dinheirinho, as famílias trabalhadoras correm para melhorar a qualidade da escola dos filhos, gastam na compra de livros, computadores e aulas de inglês.
Não é mania consumista. Nada disso. É a consciência de que ao colocar os filhos e filhas em melhores escolas que estamos melhorando as oportunidades que eles e elas terão no futuro.
Infelizmente, o Estado brasileiro ainda não vê a Educação como essencial para gerar e garantir novas oportunidades. Ainda somos vítimas da destruição que a ditadura militar fez com nossas escolas.
As escolas estaduais e municipais, que agregavam excelência acadêmica, com professores que ainda hoje são lembrados pela autoridade e dedicação que ensinavam, foram sucateadas.
Além dos prédios que foram reduzidos a frangalhos, com salas de aulas impróprias para o ensino, sem bibliotecas, livros e apoio do município, do Estado e do Governo Federal, os salários dos professores foram vergonhosamente achatados.
Hoje, ser professor é ser humilhado em nome de uma vocação. Por isso, o PDT insiste sempre na proposta de resgatar a Educação brasileira como parte essencial das novas oportunidades para nossos jovens.
Vamos insistir nesta tecla porque nossas grandes lideranças partidárias, como Brizola e Darcy Ribeiro, nos deixaram uma imensa herança social e política. Educação é cidadania, é inclusão social, é a geração de oportunidades. Por isso, apoiamos os professores brasileiros na sua luta pelo piso salarial da categoria. É uma vergonha que nossos mestres ainda tenham que gastar energia para travar uma luta por um piso salarial que além de legítimo se trata de um investimento do Estado, em todas as suas instâncias, na geração de oportunidades para seus jovens.
Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Temporada de civismo partidário

Um ano antes de cada eleição quem tem interesse em se candidatar deve estar formalmente filiado aos seus respectivos partidos políticos. Ou seja, se você tem vontade de se candidatar a vereador ou prefeito nas próximas eleições municipais tem até o final do mês de setembro para se filiar ao PDT, de acordo com a legislação eleitoral.
Como todos sabem uma eleição vai muito além da vontade de um cidadão se tornar candidato. É obrigatória a filiação a um partido político e, depois que estiver filiado, precisa convencer seus pares para receber a legenda partidária, ou seja, a autorização da convenção da agremiação para poder se candidatar.
Esses requisitos transformam toda e qualquer eleição numa decisão do conjunto organizado da sociedade, ou seja, os partidos políticos, que têm regras internas próprias para aceitar, motivar e se integrar às campanhas de seus candidatos.
O principal critério que o PDT adota para a escolha de seus futuros candidatos é se tratar de um candidato ou uma candidata ficha limpa. Além disso, queremos lideranças vinculadas com suas comunidades de maneira continuada e ao longo dos anos. Pois, ao elegermos um vereador ou prefeito com vinculação cidadã com o bairro e a cidade onde mora, ficará mais fácil cobrar eficiência do mandato.
Infelizmente, temos tido experiências desagradáveis ao longo dos anos e das eleições. A partir desta época do ano começam a pipocar candidatos. E muitos se apresentam como os salvadores da pátria.
E, infelizmente, não é bem assim. Basta uma pesquisa mais aprofundada e você descobrirá que tem candidato em busca de um emprego para ele e para seus apaniguados, em vez de se entregar de corpo e alma à coisa pública.
Para fazer frente aos oportunistas, no PDT estamos sempre de portas abertas para as lideranças populares. Gente que já provou seu valor e tem como fiadores suas entidades associativas ou de classe.
E sendo ou não candidato nas próximas eleições nos interessa, sempre, o ingresso dos cidadãos e cidadãs às fileiras do PDT. Porque, para nós partido se faz com muito debate, muita integração e respeito aos pontos de vista de cada um dos seus membros. É a maneira de ampliarmos nossa presença junto à comunidade e melhorar nossa vinculação com os bairros e vilas da nossa cidade.
Portanto, se você quer ser candidato ou candidata venha para o PDT bater um papo com a gente. Se quer ter voz ativa nas eleições do ano que vem, se filie e participe das reuniões do PDT. Porque vai depender de nós quem a gente aprova nas convenções. E só quem estiver com a legenda do PDT poderá se tornar, de fato, um candidato.
Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Paulinho, presidente do PDT, é a força de mudança da política brasileira

por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André
Tradicionalmente, no Brasil, os sindicatos de trabalhadores eram correias de transmissão dos partidos políticos. Uma tradição que ganhou força após 1930, com a criação em escala dos sindicatos, federações e confederações dos trabalhadores, pelo governo de Getúlio Vargas.
Os sindicatos eram obrigados a agir de acordo com as decisões unilaterais adotadas pelas cúpulas partidárias e muitas vezes eram massas de manobra de acordo com os interesses partidários imediatistas.
Aqui em Santo André e no Grande ABC desenvolvemos uma reação quase que alérgica a estas manipulações dos partidos. Não foi à toa que o PT surgiu aqui. Não é à toa que o PDT ganha cada vez mais destaque em Santo André e na região.
Porque desenvolvemos parâmetros próprios para avaliar nossa mobilização social e independência política.
E conseguimos criar lideranças com o perfil de um Lula, de um Cícero Martinha e de um Paulinho, da Força, que foi apontado por uma pesquisa Vox Populi como o líder sindical mais importante do país.
Paulinho da Força é também presidente estadual do PDT. E juntos, Paulinho, Cícero Martinha e as demais lideranças trabalhistas daqui da região e do Estado, comemoramos o resultado da pesquisa que já era amplamente conhecido por cada um de nós que ajuda a consolidar o PDT.
Segundo o Vox Populi, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, é o líder sindical mais importante e conhecido do País. Perguntados se conheciam algum líder sindical, 48% dos entrevistados lembraram do nome do presidente da Força Sindical. O segundo nome lembrado foi o do ex-presidente Lula, com 12%.
A pesquisa também mostrou que Paulinho é considerado o líder sindical mais importante do país por 27% dos entrevistados. Em agosto de 2009, a pesquisa espontânea mostrou que 31% das pessoas lembravam o nome dele. Em comparação com esse resultado, a lembrança do nome do sindicalista em 2011 está 55% maior.
O resultado não é gratuito. Reflete a independência de Paulinho. Comprova sua liderança num colegiado de líderes igualmente fortes, que mobilizam suas bases, que sabem que as frentes de luta a favor da classe trabalhadora passam pelo parlamento e pelas negociações salariais.
Passam também pelas mobilizações de massa, seja no Primeiro de Maio, ou na concentração que realizaremos na Praça Charles Miller, a partir das 10 horas da manhã, no próximo dia 3 de agosto, a favor das 40 horas semanais, sem redução dos salários, pela terceirização sem precarização e contra o Fator Previdenciário, numa agenda unitária da classe trabalhadora.
Paulinho da Força e do PDT não está só. Um exército de lideranças ativas e conscientes o segue. Por isso, que dentro do PDT respiramos outros ares. Aqui, construímos a democracia interna de baixo para cima, sem as tradicionais manipulações que infelizmente caracterizavam, no passado, as relações entre partidos políticos e sindicatos no Brasil.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Racismo contagia tecido social brasileiro


Ser negro gera dificuldades de empregabilidade, no salário ou na profissão para 71% dos 15 mil domicílios entrevistados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008. O IBGE realizou a pesquisa em cinco Estados brasileiros (Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso), além do Distrito Federal.
Cada entrevistado, segundo texto publicado no jornal “Valor Econômico”, podia apontar três alternativas para questões sobre trabalho, relação com a Justiça e polícia, convívio social, escola, repartições públicas, atendimento à saúde e matrimônio.
Depois de trabalho, as relações sociais mais citadas foram Justiça/polícia, escolhida por 68,3% dos pesquisados pelo IBGE, e convívio social, item mencionado por 65% das pessoas ouvidas.
Ou seja, o racismo está em todas as relações sociais e econômicas dos brasileiros. Afeta diretamente os negros e negras, mulatos e pardos. Que ainda têm que enfrentar os preconceitos acumulados por serem, muitas vezes, também de baixa renda e serem excluídos social e economicamente.
Ser negro é ser condenado a viver em guetos, a ser vigiado pelos seguranças dos shoppings, a ser excluído de promoções ou a aumentos salariais. Sem que se torne claro as razões alegadas, mas todas elas associadas à cor da pele.
É um racismo velado e vergonhoso. Que contagia todo o tecido social brasileiro. E deixa de fora da geração de valores sociais e econômicos grandes talentos humanos que só podem se manifestar no futebol e na música. Por termos aprendido a criar, por conta própria, nossos próprios ambientes de manifestação de nossas habilidades esportivas e culturais.
O preconceito racial no Brasil, que o IBGE registra oficialmente, marca definitivamente nossa Nação e condena, aos olhos do resto do mundo, nossa elite que se posa de raça nórdica. Basta acompanharmos os comerciais e os programas de televisão que veremos confirmada a pesquisa do IBGE. Negro geralmente está em posição social e econômica inferior ao ator da raça branca, com quem contracena.
O que fazer?
Primeiro transformar a pesquisa do IBGE num documento oficial de reconhecimento do racismo velado no Brasil. De agora em diante, os governos (federal, estaduais e municipais) não podem mais alegar que o racismo não existe.
Segundo, pressionar através dos partidos políticos, organizações populares como sindicatos e associações de moradores, para se estabelecer critérios bem definidos para contratação e promoção nos ambientes de trabalho.
E terceiro, exigir que o Estado brasileiro, através da sua Justiça e de sua Polícia invistam em qualificação de seus quadros para considerarem os negros como cidadãos com direitos iguais. E não as vítimas preferenciais dos abusos de autoridade e, muitas vezes, alvos das balas disparadas por policiais despreparados. Funcionários públicos que contam com a impunidade que caracteriza os crimes cometidos contra negros. Dentro e fora dos ambientes de trabalho.
Adônis Bernardes, presidente do PDT de Santo André

terça-feira, 19 de julho de 2011

29 anos depois, Centreville ainda aguarda a posse definitiva


Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André,

No próximo 6 de agosto vamos realizar um evento para comemorar os 29 anos do Centreville que, formalmente, acontece no dia 16 de julho. Tive a honra de presidir a Associação dos Moradores de Centreville, onde morei por 23 anos, e agora sou o advogado da entidade.
Portanto, conheço de perto o drama que todos nós vivemos, as lutas cotidianas a favor das nossas famílias e os ganhos sociais e econômicos que transferimos com nosso suor e dedicação para a região.
Ocupamos  a área em 16 de julho de 1982, com 563 casas abandonadas de alto padrão. Eram construções abandonadas por ex-compradores que foram iludidos por uma imobiliária que fraudou um empréstimo junto à Nossa Caixa e embolsou a grana, sem dar continuidade ao projeto habitacional. Em agosto de 1986 foi decretado o nosso despejo.
Um drama imenso se abateu sobre nossas famílias e ao mesmo tempo todos nós buscamos forças uns nos outros e sensibilizamos o então governador Franco Montoro que tornou Centreville em “área de interesse social para fins de desapropriação, através do CDHU”.
Continuamos a construir nossas casas, a manter a mobilização até que em 15 de setembro de 1988, o então governador Quércia desapropriou a área. E em 1998, o governo do Estado ganhou o processo iniciado dez anos antes contra os proprietários da área. A CDHU se tornou definitivamente proprietária do terreno.
Desde então, as famílias moradoras de Centreville aguardam a posse definitiva de suas moradias. E chegamos aos 29 anos tendo contribuído para o desenvolvimento social e econômico de Centreville e de seus arredores. E, como contrapartida, ainda vivemos a insegurança de não ter o título de proprietários que já fizemos jus por merecer.
Vamos, no dia 6 de agosto, ampliar nossa mobilização. Enquanto não conseguirmos a posse definitiva a luta tem que continuar. Pois agora não se trata mais de patrimônio nosso mas dos nossos filhos e netos.
Investimos uma geração na conquista de um lugar que é nosso. Falta, apenas, a decisão política dos atuais governantes para confirmar através da posse definitiva o que conquistamos com muita luta, participação social e muita fé nos processos democráticos.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Por que nos indigna câmera que filma funcionária na imobiliária?

Por Adonis Bernardes, presidente do PDT de Santo André
Uma das principais definições de Partido, no dicionário Michaelis é: Decisão, resolução: Tomar partido.”
Nós do Partido Democrático Trabalhista (PDT) levamos esta definição ao pé da letra. Diante de qualquer situação que fira a dignidade humana, que humilhe o cidadão ou o trabalhador, sempre tomamos partido e o nosso lado é o da civilização, a favor de uma relação humana plena.
Por isso, nos posicionamos contra o incidente ocorrido, recentemente, na Imobiliária Viana.
De acordo com os registros policiais e da imprensa, a funcionária foi avisada por uma colega que estava exposta por uma câmera instalada no exaustor do banheiro feminino. Um constrangimento imenso que merece todo o nosso repúdio.
Temos que apoiar, diretamente, a moça que se tornou vítima de um constrangimento atroz. E avançar muito além da solidariedade das palavras necessárias para alertar a opinião pública sobre empresas que agem de maneira tão vergonhosa que deve se traduzir no atendimento psicológico e na recolocação numa empresa decente.
Para tanto, as entidades de classe, as ONGs e as igrejas devem concretizar a solidariedade para que a gente contraponha o bem, a civilidade e a cidadania a um gesto tão selvagem.
E ao não aceitarmos as desculpas, pois não se justificam as alegações posteriores que se tratava de medidas preventivas para a segurança, devemos buscar na opinião pública um olhar diferenciado para empresas que ainda acham que podem bisbilhotar a intimidade de suas funcionarias impunemente.
Se a imobiliária é capaz de agir assim com suas funcionárias, imagina o que deve fazer com os seus funcionários? E se age assim com seus colaboradores, o que deve fazer com os contratos de locação e venda dos imóveis que negocia?
Porque ao tomar partido, o PDT adota a tolerância zero com empresas e empresários que se acham acima da dignidade humana.
Estamos solidários com a funcionária e com todo e qualquer cidadão que, por ventura, venha a sofrer abusos desta natureza. Da mesma maneira, nos posicionaremos contra as arbitrariedades policiais, contra a tortura nas delegacias de polícia, contra o preconceito de qualquer espécie, seja ele racial, de gênero ou religioso.
Ao tomar partido, o PDT ajuda o melhor lado de nossa comunidade a adotar práticas cidadãs e civilizadas. A criar ambientes de trabalho respeitosos. A incentivar empresas que respeitem não só seus funcionários mas igualmente seus clientes finais e a comunidade que está inserida.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Convenção do PDT é marco histórico em Santo André

As principais tendências e forças políticas de Santo André e da região do Grande ABC marcaram presença na Convenção do PDT, na Câmara Municipal de Santo André, na sexta-feira, 1° de julho, quando Raimundo Salles confirmou sua filiação ao PDT e se tornou, com apoio de várias lideranças, pré-candidato à prefeitura no próximo ano.
Fomos honrados com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, Paulinho da Força, presidente estadual do PDT, além dos deputados estaduais Major Olímpio e José Bittencourt, do PDT.
Nos honraram, também, a presença de Carlos Grana, deputado estadual pelo PT, de Alex Manente, deputado estadual pelo PPS e de William Dib, deputado federal pelo PSDB. Além de várias e importantes lideranças políticas de Santo André e da região.
Todos unidos em torno do futuro de Santo André que passará pela campanha de renovação da atual administração da cidade que nos abandonou à própria sorte, comprometendo a escalada que construíamos a favor da Educação, da Saúde e da Segurança.
Foi o que ficou registrado pelos discursos e pela presença das lideranças políticas e sindicais, representadas por Cícero Martinha, dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e por Cidão, dos Metalúrgicos de São Caetano. “Com Salles vamos ter orgulho a cada etapa de reconquista da Prefeitura e de reconstrução de Santo André”, disse Martinha.
Paulinho da Força emocionou a todos ao afirmar, com veemência, que Raimundo Salles será o próximo prefeito de Santo André.
O ponto alto foi o discurso do ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi, presidente de honra do PDT, que começou sua fala com a canção: “Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”. Foi um discurso de união, de resgate da História do PDT, de apontar cenários de mudança para melhor das políticas públicas nacionais e regionais. Avançar, disse o ministro, muito além das bandeiras eleitorais imediatistas, mas assumir o Projeto de Nação do PDT em torno da Educação, como nos legou Leonel Brizola. “Sem escola não se liberta um povo”, disse.
Em seu discurso, Raimundo Salles lembrou de sua história pessoal. “Meu pai foi açougueiro”, afirmou. E avançou: “Quero profetizar que serei o prefeito desta cidade”. Se dirigindo ao deputado Carlos Grana, afirmou: “Nós vamos nos encontrar na campanha”. E agradecendo o apoio dos presentes e em especial do ministro Carlos Lupi e de Paulinho da Força, Raimundo Salles concluiu: “Estou comprometido com o PDT, eu vim para ficar e realizar. Eu vim para me somar às lideranças sindicais e políticas vivas desta cidade, eu vim para transformar a prefeitura de Santo André numa geradora de empregos, como o ministro Lupi está ajudando o Brasil a ter 15 milhões de carteiras assinadas”.
Adonis Bernades, presidente do PDT de Santo André